Biotechs na saúde: transformando paper em PIB

20/11/2023

Universidade e mercado podem finalmente se aproximar. Ainda que a simbiose perfeita precise de ajustes, a união entre pesquisadores e empreendedores está cada vez mais alinhada e frutífera. 

Neste conteúdo, conversaremos sobre desafios, oportunidades e casos de sucesso que ligam o ambiente de pesquisa às health techs. 

Conexão entre academia e startups: é possível?

A ponte que une a universidade e os negócios é cercada de barreiras e possibilidades. Assim, pesquisadores  que desejam transformar o conhecimento acadêmico em um empreendimento de sucesso na área da saúde precisam entender como essa conexão pode ser realizada da melhor maneira.

Um dos principais obstáculos a ser enfrentado é o equilíbrio entre o timing das pesquisas e o do mercado. A rotina acadêmica é frequentemente conduzida a longo prazo, focando em resultados sólidos. Enquanto isso, as startups devem agir rapidamente.

A fim de superar esses desafios, doutores e empreendedores precisam manter-se dispostos a adaptações e à compreensão das necessidades mútuas. Os acadêmicos devem, por exemplo, enxergar além dos papers e entender como sua pesquisa pode se traduzir em soluções práticas e comercializáveis.

As colaborações são outra forma para unir universidade e health techs. Logo, as startups podem formar parcerias com centros de pesquisa, aproveitando a infraestrutura disponível. Os pesquisadores, por sua vez, são capazes de contribuir com a indústria, levando o seu conhecimento para o mercado.

Tanto a academia quanto os negócios devem se educar continuamente, desenvolvendo um novo mindset. Para uma relação forte, os acadêmicos podem buscar informações sobre gestão, finanças e mercado, por exemplo. Ao mesmo tempo, os founders devem abrir-se ao aprendizado com os especialistas.

Portanto, a comunicação é a chave para construir uma conexão sólida. Então, a conexão entre os dois mundos é mais do que possível: ela é uma oportunidade valiosa. 

Como a pesquisa acadêmica pode virar negócio?

Transformar estudos em uma health tech bem-sucedida envolve um conjunto de fatores. A seguir, você descobrirá elementos imprescindíveis para a união entre academia e startups:

Complementação de habilidades

Nem todo pesquisador é um empreendedor, e nem todo founder domina a complexidade da pesquisa acadêmica. Nesse sentido, o primeiro passo para o sucesso empresarial é a formação de uma equipe multidisciplinar, que se complete em habilidades e conhecimentos. 

Ainda que bons relacionamentos pessoais possam gerar prósperas parcerias nos negócios, é necessário encontrar pessoas que colaborem ativamente em áreas suplementares. Desse modo, a complementação de skills é a chave para o bom desempenho do empreendimento.

Acadêmicos e fundadores devem trabalhar juntos, combinando o conhecimento profundo da pesquisa com a capacidade de identificação de oportunidades de mercado e o desenvolvimento de estratégias organizacionais.

Programas de aceleração

Outra maneira para estreitar o relacionamento e otimizar a transição da academia para negócios se dá com o uso de programas de aceleração. Eles oferecem orientação, treinamento e acesso a recursos financeiros para startups.

Logo, programas como os oferecidos pelo Vibee, Hub de Inovação em Saúde da Unimed VTRP, ajudam a refinar as estratégias de negócios. Além disso, eles colaboram na localização de investidores e fornecem a estrutura necessária para levar as ideias da pesquisa para o mercado de forma mais ágil.

Infraestrutura tecnológica

A tecnologia é mais um fator determinante para transformar paper em PIB. Isso inclui laboratórios equipados com estrutura de ponta, ferramentas de análise de dados e recursos para testar produtos. Tal acesso acelera o processo de desenvolvimento e aprimoramento de soluções. 

Captação de recursos financeiros

As práticas acadêmicas podem ser financiadas por bolsas e subsídios, mas a transição para um empreendimento comercial geralmente exige investimentos financeiros adicionais

Portanto, encontrar fontes de financiamento, como investidores anjo, capital de risco ou programas de incentivo governamentais é vital para levar a pesquisa para o mundo dos negócios.

Compreensão do mercado

Por fim, o trabalho de pesquisa e segmentação do mercado é fundamental para o sucesso da empresa. Os empreendedores devem realizar estudos para identificar as necessidades do público-alvo e validar a demanda por suas soluções. O trabalho ajuda a direcionar o desenvolvimento de produtos conforme as expectativas do mercado.

Dessa forma, a transição da pesquisa para o mundo das health techs é uma jornada repleta de desafios e oportunidades. Complementação de habilidades, parcerias estratégicas e programas de aceleração contribuem para facilitar o processo.

Caso de sucesso da relação entre academia e negócios: Gcell Cultivo 3D

Fundada em 2019, a GCell Cultivo 3D é uma startup de Pesquisa & Desenvolvimento que se destaca no cenário da biotecnologia. Com sede no estado do Rio de Janeiro, a empresa já foi acelerada pelo Vibee.

Seu foco está voltado para o desenvolvimento e testes de fármacos, bem como para a medicina regenerativa. A tecnologia da GCell baseia-se no cultivo de esferóides, possibilitando a formação de tecidos equivalentes 3D de forma escalável.

Dr.ª Leandra Baptista, professora e pesquisadora, conhece bem o caminho de transição da academia para o mercado. Ela é a idealizadora da startup e tem ampla experiência em áreas como Biologia de Células-Tronco Mesenquimais, Microambiente do Tecido Adiposo e Engenharia de Cartilagem e Osso.

Para ela, a conexão entre universidade e negócios é possível, desde que feita com alinhamento de pensamentos e uma postura de aprendizado contínuo de ambas as partes. 

Ao Vibee Podcast, ela deu o seguinte conselho para quem gosta da área de pesquisa e quer encarar a trilha do empreendedorismo: humildade. Leandra fez essa afirmação no sentido de que os acadêmicos precisam se abrir para o ambiente de negócios.

Outro ponto levantado pela doutora trata sobre a mudança de mindset. Para ela, é preciso alterar a maneira de enxergar o novo e, assim, compreender as peculiaridades de cada área.

Desse modo, a GCell Cultivo 3D representa um exemplo de como a união entre o conhecimento acadêmico e o empreendedorismo pode gerar inovações disruptivas no campo da biotecnologia. 

Com uma liderança dedicada à ciência e ao avanço tecnológico, a empresa continua a trilhar um caminho de sucesso, impactando positivamente a pesquisa de medicamentos e terapias regenerativas.

Agora, você está pensando em explorar o universo do empreendedorismo na área da saúde? Então, conheça os programas de aceleração do Vibee!

Categoria: VIBEE UNIMED

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