18/09/2024
Estar à frente de um negócio inovador já tem um alto nível de complexidade, certo? Tratando-se de empreendimentos no setor da saúde, empreender é ainda mais complexo devido a particularidades do segmento.
Conhecer os desafios dessa missão e como superá-los, recebendo dicas de quem atua na área, é um conhecimento de valor para adicionar à sua jornada. Acompanhe e saiba mais!
Ter uma ideia, dispor de recursos para colocá-la em prática e vender a oferta é um cenário comum e instigante para empreendedores dos mais diversos segmentos. Mas, como vimos, empreender em saúde tem questões singulares.
Esse foi, justamente, o tema do 16º episódio do Vibee Podcast. Nele, Rafael Zanatta, Head no Hub de Inovação Vibee Unimed, conversou com Marcelo Santos, CEO da Carefy, sobre aspectos relacionados a empreender na saúde:
Desse bate-papo, elencamos os principais desafios para ter sucesso como founder nesse mercado tão particular; confira!
O desenvolvimento de ofertas na saúde nem sempre é o aspecto mais desafiador da área. Ainda que exista certa complexidade para tirar do papel hardwares, softwares e outras soluções, a compreensão aprofundada das dores do público é um obstáculo comum.
Para os founders, isso significa ir além da entrega de uma tecnologia ou serviço genérico. É necessário desenvolver uma solução que considere as particularidades de clientes, profissionais de saúde e pacientes, ajustando as criações de acordo com demandas e dificuldades únicas.
O empreendedor de uma health tech precisa compreender que ele enfrentará situações peculiares no que diz respeito a esse setor tão complexo.
Podemos começar mencionando que as regulamentações são um grande desafio, com normas rigorosas que precisam ser seguidas para garantir a segurança do produto. No Brasil, as diretrizes da ANVISA devem ser seguidas à risca e o processo de aprovação de protótipos pode levar anos.
Outro ponto a ser considerado é a gestão de dados sensíveis. As informações dos pacientes devem ser protegidas conforme regulamentações, como a Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD). Cumprir essas normas é essencial para evitar problemas legais e manter a confiança dos usuários.
Além disso, o desenvolvimento de soluções exige atenção a diferentes públicos: contratante, profissionais da área, pacientes e outros. Conseguir criar uma oferta que atenda a todos de modo satisfatório e lucrativo é, realmente, mais um desafio para empreender em saúde.
Marcelo aborda o tema:
“A gente não vende para o gerente. Eu vendo para o profissional da ponta, o auditor, para o supervisor, para o coordenador, para o gerente, para a diretoria e, dependendo da operação, até para o presidente. Cada um tem uma dor, e o pitch é diferente”.
O CEO da Carefy ainda complementa que:
“E aí eu tenho que convencer todo mundo: aqui, eu vou te ajudar deste jeito, eu vou te ajudar a chegar ao resultado que se está querendo, entendeu?”
Fazendo um gancho com a complexidade do setor e seus múltiplos públicos, vale destacar que uma só startup pode ter clientes com necessidades e contextos distintos. Por isso, é fundamental oferecer soluções que vão além do genérico e se ajustem às particularidades das demandas.
Produtos e serviços adaptados às necessidades específicas demonstram um compromisso com a qualidade, resultando em potencial maior aceitação e sucesso no mercado. Assim, a prática pode se tornar um diferencial competitivo importante no mercado.
Ao mesmo tempo, a personalização geralmente demanda mais recursos — tanto de dinheiro, quanto de tempo. Dessa forma, é necessário contrabalancear as demandas por ofertas personalizadas frente ao investimento que isso precisará.
Agora que conferimos os desafios, está na hora de descobrir hacks que impulsionam a jornada dos founders de health techs!
Assumir a responsabilidade pelo sucesso do negócio vai além de desenvolver boas soluções; envolve estar disponível para resolver problemas e oferecer suporte quando necessário.
Então, dedique-se com afinco às questões da startup. Isso significa, por exemplo, pegar o telefone e atender diretamente clientes, oferecer suporte personalizado e buscar ativamente soluções para os desafios que surgem.
A dedicação não se limita ao aspecto técnico, mas também inclui o comprometimento com a experiência dos usuários e com a melhoria contínua. Por isso, mantenha-se sempre atento para rapidamente identificar e solucionar problemas.
Desse modo, o compromisso com o sucesso deve partir dos fundadores — o que exige uma postura de liderança e uma disposição constante para trabalhar arduamente.
Como vimos, a área de saúde é marcada por questões únicas. Investir tempo para entender as tendências do setor e as exigências regulamentares permite que o empreendedor ajuste sua abordagem e se mantenha à frente da concorrência.
Zanatta afirma que o perfil de solucionador é diferente em graus variados da empresa. No nível de gestão, é preciso ser dinâmico para “matar um leão por dia”. Contudo, nos processos de validação da solução, ele diz que é importante ter uma “mente aberta” para que as ideias se desenvolvam:
“Quando está desenhando uma solução, tem que curtir esse processo, deixar as coisas dormindo e ter a paciência de ver se ele vai se manter naquela forma para que a solução que está imaginando seja aderente”.
Por fim, montar um time qualificado é fundamental para o sucesso de uma health tech. As pessoas certas trazem expertise, visão e comprometimento, essenciais para enfrentar os desafios do setor. Sobre esse ponto, Marcelo afirma que:
“O principal mindset é entender que ninguém faz nada sozinho. Se você entender isso desde o começo, você vai estar rodeado de pessoas que vão te ajudar na sua jornada, que tem o mesmo propósito que você, seja de curto, médio ou longo prazo”.
Como vimos, empreender em saúde é repleto de desafios, mas, com dedicação, entendimento e um time que agrega, a missão poderá ser cumprida.
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