Desenvolvendo produtos para a saúde: enfrentando os desafios do MVP nas health techs

02/08/2023

Fazer a validação do Minimum Viable Product (MVP) é desafiador para qualquer empresa que está iniciando. Para as startups de saúde, a tarefa pode ser ainda mais complexa devido a particularidades do setor. Por isso, o desenvolvimento de produtos na área requer cuidados ainda maiores.

Pensando sobre o assunto, trouxemos as questões mais relevantes para as health techs em relação ao processo de criação de soluções; confira:

  • A importância da validação de MVP na saúde
  • Prototipação e MVP para Health Techs
  • Desenvolvendo de produtos para a saúde: foco na experiência e segurança do usuário

Siga com a gente e entenda como enfrentar os desafios da área de produtos de tecnologia para saúde!

A importância da validação de MVP na saúde

Toda startup precisa passar pelo processo de validar o seu MVP, certo? A tarefa é necessária para dar assertividade aos produtos e aumentar as chances de sucesso no mercado. 

Especialmente para as health techs, a etapa é crucial para os empreendedores compreenderem se as suas soluções realmente atendem às necessidades do mercado. Nesse caso, as peculiaridades e demandas complexas do setor de saúde devem ser consideradas durante a criação do MVP.

Matheus Araújo, CEO e Co-founder da Lina Saúde, afirma que o tema deve ser olhado com atenção pelos founders de startups. Ao Vibee Podcast, ele afirma que a ideia de construir uma solução básica, lançar rápido no mercado e errar pouco não é tão simples assim:

Na prática, quando se trata de saúde, isso é um pouco diferente. Se você está construindo algum tipo de solução que de fato vai impactar um paciente ou um profissional de saúde, existem alguns crivos que devem estar presentes antes de soltar a primeira versão de mercado”.

A validação do produto nesse segmento deve seguir um processo cuidadoso, envolvendo profissionais especializados, médicos, enfermeiros e outros stakeholders relevantes. Nesse sentido, a interação com potenciais usuários é indispensável para coletar feedback e aprimorar o desenvolvimento.

Além disso, é importante ressaltar que a validação de MVPs na saúde não se limita apenas aos aspectos técnicos do produto. Trata-se também de uma oportunidade para compreender a experiência do usuário, a usabilidade da solução e a interface com o cotidiano dos profissionais e pacientes.

Assim, a parceria com essas pessoas e a observação aos feedbacks obtidos com as testagens são fundamentais. Como resultado, as atividades impulsionam a inovação e contribuirão para uma assistência médica cada vez mais eficiente e alinhada às reais necessidades do setor.

Prototipação e MVP para Health Techs

Desenvolver produtos para a área da saúde exige uma abordagem cuidadosa e estratégica, como vimos. Desse modo, a prototipação e o MVP desempenham papéis determinantes ao sucesso da empresa. Confira, então, como esses processos precisam ser realizados pelas health techs:

Prototipação

O primeiro passo é criar versões preliminares do produto; isto é, a prototipação. Então, usuários farão teste das funcionalidades e fornecerão feedback sobre o uso, colaborando para a solução.  

Através de entrevistas e interações com profissionais de saúde e pacientes, é possível compreender as suas necessidades diárias e desafios, permitindo a construção de um protótipo funcional. 

É importante lembrar que não é necessário fazer o desenvolvimento completo do produto. Por isso, a health tech pode utilizar ferramentas que simulam as funcionalidades de forma realista, sem necessariamente criá-lo, como é o caso do software Figma que pode ajudar muito nesse processo..

Um dos desafios que as startups podem enfrentar nesse ponto é a falta de contato direto com pacientes para testar a solução. Nesse caso, a empresa consegue fazer testes com outras pessoas (até mesmo com os próprios colaboradores) a fim de entender a usabilidade e experiência da plataforma.

Outra estratégia eficaz é participar de programas de inovação e eventos como hackathons, por exemplo, para se conectar com profissionais da área de saúde e, assim, conseguir realizar testes mais precisos.

Araújo destaca ainda que é importante conversar com o máximo de pessoas possível a respeito do protótipo; entretanto, não deixe o desenvolvimento ser guiado completamente pelos retornos recebidos. Escolha criteriosamente com quem conversa e como recebe as informações.

MVP

Com o protótipo em mãos, é hora de seguir para o MVP.  Essa versão simplificada do produto, contendo apenas as funcionalidades essenciais, possibilita o lançamento da solução no mercado com investimento mínimo. Assim, os empreendedores conseguem coletar feedback real do público-alvo e ajustar a oferta.

A combinação da prototipação e do MVP possibilita a validação do conceito e aprimoramento contínuo do produto. Portanto, empreendedores de startups devem adotar essas práticas ao desenvolver soluções para a saúde.

Desenvolvendo produtos para a saúde: foco na experiência e segurança do usuário

As health techs precisam se aprofundar na compreensão da dor e das demandas dos potenciais clientes. Por isso, conversar com especialistas e usuários-chave é essencial para mapear suas expectativas e entender como o produto pode gerar valor para eles.

Depois do protótipo e do MVP, é crucial testar, lapidar e iterar a solução com base no feedback obtido. O setor de saúde pode não seguir o mesmo ritmo acelerado de outras áreas, mas essa abordagem cuidadosa permitirá a criação de soluções mais robustas e adequadas às necessidades reais dos clientes.

Além disso, é crucial pensar em soluções de segurança para proteger os dados sensíveis dos profissionais e dos pacientes. Especialmente com a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as health techs devem ser ainda mais cuidadosas com as informações coletadas, trabalhadas e armazenadas.

Em resumo, as startups de saúde enfrentam desafios particulares durante a prototipação e validação do MVP. Assim, os negócios do setor devem priorizar as necessidades dos usuários, buscando conhecimento e feedback constante, a fim de construir soluções verdadeiramente impactantes para o mercado.

Quer saber mais sobre o que Matheus Araújo tem a dizer sobre o tema? Então, ouça o que ele e Rafael Zanatta, Head no Hub de Inovação Vibee Unimed VTRP, conversaram no Vibee Podcast: desenvolvendo produtos para saúde!

Categoria: VIBEE UNIMED

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