24/05/2024
Em certos momentos, como o inverno das startups, captar recursos de investidores é mais difícil do que o habitual. Alterações na dinâmica do mercado, crises financeiras e outros fatores podem reduzir o dinheiro disponível. Nesse contexto, o bootstrapping é uma alternativa a ser avaliada pelos founders.
A injeção de capital por vias alternativas ao funding tradicional dá mais autonomia aos empreendedores. Mas, a estratégia requer certos cuidados porque a necessidade de saldos positivos logo no início do empreendimento pode aumentar.
Bootstrapping trata sobre a construção de uma startup utilizando exclusivamente recursos internos, sem depender de investidores externos.
A palavra tem origem no termo em inglês “alça de bota”, um pedaço de tecido na parte detrás do calçado que facilita a sua colocação. Então, a tática do bootstrapping é “levantar” a empresa pelas “alças”; isto é, o negócio é erguido por si mesmo.
Grandes corporações, como Microsoft e Dell, foram moldadas com essa mentalidade, segundo o Sebrae. Tal trabalho demandou esforço e dedicação excepcionais de seus fundadores a fim de que os resultados pudessem ser alcançados.
Nesse contexto, os “bootstrappers” se destacam pelo foco intenso no cliente, validando suposições e seguindo uma intuição aguçada. Assim, eles podem ser considerados até mesmo outliers (ou fora da curva), fugindo dos caminhos tradicionais e encontrando alternativas auto sustentáveis.
Para saber mais, acesse gratuitamente o livro online “The Bootstrapper ‘s Bible”, escrito e disponibilizado por Seth Godin.
Você conferiu que a abordagem desafia os métodos convencionais de financiamento de startups, exigindo perspicácia e resiliência de quem empreende. Agora, entenda quais são os aspectos positivos e de atenção da estratégia!
O primeiro ponto a ser observado em relação ao bootstrapping é o ganho de independência financeira que os fundadores obtêm. Ao não recorrer a investidores externos, o time mantém o controle total sobre as finanças da empresa, evitando a diluição expressiva da participação acionária.
Vale notar que a autonomia financeira vem acompanhada de um aprendizado intenso. Afinal, o processo desafiador da abertura sem investimentos de fora proporciona uma imersão prática na condução das finanças.
Além disso, fica mais fácil o negócio desenvolver a sua própria cultura e valores. Sem a interferência de investidores que atuam na gestão, o empreendimento tem liberdade para criar aspectos intangíveis de sua essência.
A agilidade nas decisões é outra vantagem a ser considerada. As escolhas geralmente são mais rápidas e flexíveis no bootstrapping, permitindo que a companhia se adapte de modo ágil às mudanças de mercado.
Contudo, você também deve conhecer e ponderar os pontos de atenção antes de implementar a estratégia em sua empresa.
A startup que adota o bootstrapping pode crescer em ritmo mais lento se comparada àquelas que recebem investimentos externos. Afinal, a falta de capital talvez limite os recursos disponíveis para marketing, desenvolvimento e expansão, entre outros, impactando a escala do negócio.
Outra questão a ser observada é que, especialmente em setores dinâmicos e com competição acirrada, o crescimento orgânico é capaz de levar à perda de oportunidades. Nesses ambientes, a agilidade é fundamental — e ela, em muitos casos, é possível graças ao caixa disponível.
Ademais, o empreendedor assume um risco financeiro significativo ao depender predominantemente do seu próprio dinheiro. Isso pode representar uma preocupação extra para quem está à frente do empreendimento.
Note ainda que a falta de capital também é capaz de dificultar investimentos em pesquisa e inovação, tornando a startup mais suscetível à obsolescência em tecnologias e gestão.
Portanto, ao considerar o bootstrapping, analise cuidadosamente esses pontos, avaliando a adequação da estratégia à natureza específica de sua empresa. A jornada de construir um negócio com recursos próprios é desafiadora, mas a habilidade de superar esses desafios pode ser a chave para um sucesso duradouro e sustentável.
Agora que você conhece as vantagens e desvantagens do método, está pronto para descobrir de que modo colocá-lo em prática.
Como visto, iniciar uma startup sem recorrer a investimentos externos demanda uma abordagem estratégica e criativa. Assim, uma das maneiras de garantir a sustentabilidade do empreendimento é gerar faturamento próprio desde o início.
Dessa forma, será preciso criar um modelo de negócio capaz de financiar o crescimento, eliminando a dependência de outras fontes por determinado período.
Além disso, a utilização de capital próprio do empreendedor é outra opção, embora exija um planejamento cuidadoso. Investir recursos pessoais na companhia demanda um equilíbrio especial com as finanças de quem aplica o dinheiro, a fim de evitar complicações a longo prazo.
Para alguns tipos de negócios, o crowdfunding pode ser uma alternativa a ser estudada. A estratégia envolve angariar apoio colaborativo de outras pessoas, permitindo que elas contribuam financeiramente para o projeto. Isso não apenas injeta capital, mas também cria uma comunidade engajada em torno da ideia.
Recorrer a empréstimos é uma alternativa visando obter capital — embora seja uma opção a ser considerada com bastante cautela, está bem? Ela demanda especial cuidado em relação aos custos das credoras. Ademais, o pagamento do empréstimo precisa estar alinhado à capacidade financeira da startup.
Em resumo, iniciar uma empresa sem investimento externo exige uma combinação inteligente de estratégias, desde a geração de receita própria até formas criativas de angariar apoio financeiro. O bootstrapping, ainda que seja desafiador, pode estabelecer as bases de um crescimento sustentável e independente a longo prazo.
Agora, que tal você conhecer outras maneiras de financiamento para o seu negócio? Descubra com o Vibee os principais tipos de funding para startups e como captar recursos!
Categoria: VIBEE UNIMED
Todos os direitos reservados à Unimed VTRP.