02/01/2025
O câncer de pele pode chegar a cerca de 230 mil novos casos até 2025, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os números podem ser até maiores porque a doença não tem notificação obrigatória — o que é capaz de afetar o entendimento sobre a sua incidência.
Frente a esse cenário desafiador, é de fundamental importância contar com ferramentas que agilizem o diagnóstico e deem precisão a ele. É aí que entra a inteligência artificial (IA), com capacidade para facilitar a detecção da enfermidade.
Assim, inovações em saúde desenvolvidas pelas startups têm dado novos horizontes para a investigação do câncer no Brasil.
Recursos tecnológicos são capazes de revolucionar a saúde, abrindo portas para um futuro com dados precisos e tratamentos mais eficazes.
Ferramentas inovadoras que estão surgindo aceleram processos e conectam médicos e pacientes de diferentes locais, rompendo barreiras geográficas e levando atendimento médico a áreas remotas.
Nesse sentido, a IA contribui para o diagnóstico precoce do câncer de pele. Ela faz isso analisando com alta precisão exames e auxiliando os médicos com dados para a tomada de decisão.
Essa precisão, aliada à capacidade de processar grandes volumes de dados, agiliza a descoberta da doença e aumenta as chances de sucesso no tratamento.
No 20º episódio do Vibee Podcast, Ricardo Valverde, da PrevLife, afirma que: “até 2040, o tumor com maior incidência no mundo vai ser o de pele”.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) também tem dados que demandam atenção. Pesquisa aponta que as mortes no Brasil por melanoma, o mais agressivo dos cânceres de pele, podem saltar de 2,2 mil em 2020 para 4 mil em 2040.
A escassez de dermatologistas agrava esse cenário, especialmente fora das grandes cidades. Ainda de acordo com Ricardo, “a distribuição dos dermatologistas no Brasil é um problema”. Isso acontece devido à concentração de especialistas no Sudeste em detrimento das outras áreas do país.
Valverde complementa: “você pega o Norte, Nordeste, tem região com 4% apenas de dermatologista”. Esse cenário resulta em diagnósticos tardios, quando o tratamento da doença torna-se mais complexo.
Diante desse desafio, a inteligência artificial surge como uma ferramenta poderosa para a prevenção e o tratamento do câncer de pele. Startups de saúde, como a PrevLife, estão desenvolvendo soluções inovadoras para analisar imagens de pele, permitindo intervenções mais rápidas e precisas.
Tecnologias como essas democratizam o acesso à prevenção, conectam pacientes e médicos, e podem identificar o câncer em estágios iniciais. Esse conjunto de ações tem potencial para aumentar as chances de cura e reduzir a necessidade de intervenções complexas.
Startups de saúde podem colaborar com o Sistema Único de Saúde (SUS) para irem além do diagnóstico precoce.
Entre as colaborações, podemos mencionar o desenvolvimento de plataformas que conectam pacientes oncológicos a redes de apoio e acompanhamento psicológico.
Além disso, aplicativos que orientam e lembram as pessoas sobre seus tratamentos são capazes de aumentar a adesão e a eficácia da terapia.
Sistemas de monitoramento remoto possibilitam aos médicos acompanhar a evolução do paciente em tempo real e intervir de forma mais rápida e precisa, reduzindo custos.
Outro ponto importante é a coleta e análise de dados. Como vimos, a ausência de obrigatoriedade da notificação é um empecilho. Assim, as health techs podem usar os dados coletados para mapear o mercado com mais precisão, contribuindo para a elaboração de campanhas e tratamentos.
Unindo forças, health techs e o sistema público de saúde podem construir um futuro com mais acesso e prevenção do câncer de pele.
A capacidade da inteligência artificial de processar grandes volumes de dados e identificar padrões complexos a torna uma ferramenta poderosa para a saúde. Como vimos, ela fornece dados importantes para a tomada de decisão dos profissionais.
No diagnóstico por imagem, a tecnologia analisa exames como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas. Desse modo, ela contribui para identificar anomalias que podem passar despercebidas ao olho humano.
Algoritmos inteligentes detectam tumores, lesões e outras alterações, fornecendo informações essenciais para a descoberta precoce de diversas doenças, incluindo o câncer de pele.
A IA também auxilia na interpretação de exames laboratoriais e analisa dados de prontuários eletrônicos, identificando fatores de risco e histórico familiar do paciente.
Considerando esses usos, a aplicação da inteligência artificial traz benefícios, tais como:
É importante destacar que a IA não substitui o médico. Ela atua como uma ferramenta complementar, fornecendo informações para auxiliar profissionais da área.
A Prevlife é um exemplo de como a tecnologia pode revolucionar a saúde, especialmente no combate ao câncer de pele.
Ricardo Valverde, fundador da empresa, combinou sua experiência em IA e segurança de dados para criar uma solução inovadora.
O aplicativo desenvolvido utiliza inteligência artificial para apoiar os profissionais de atendimento primário. Assim, a Prevlife amplia o acesso à prevenção, especialmente em áreas com poucos especialistas, e contribui para diagnósticos precoces.
A plataforma oferece um atendimento de baixo custo e alta qualidade, com tecnologia escalável com IA para priorizar casos de maior risco.
Dessa maneira, a PrevLife é um caso de sucesso que demonstra como as startups conseguem desenvolver soluções tecnológicas que, de fato, impactam positivamente a saúde no Brasil.
Como vimos, as startups têm potencial para reduzir as implicações do câncer de pele no Brasil. O uso da inteligência artificial é capaz de acelerar e dar precisão a diagnósticos com democratização geográfica.
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Categoria: VIBEE UNIMED
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