Como medir a eficiência de um MVP

13/04/2022

Considerações sobre as particularidades e cuidados que precisam ser tomados no MVP – por Rafael Zanatta, Head do Vibee

O mantra sagrado para o fundador de uma startup é: construa o seu MVP e coloque-o na mão do seu usuário o mais rápido possível. No entanto, essa fórmula, que coloca a velocidade como a única variável importante do processo, apresenta alguns equívocos e eu gostaria de trazer um pouco da minha visão sobre esse assunto. 

Sim. O MVP (mínimo produto viável), como o próprio nome diz, precisa apresentar as condições mínimas para que o cliente em potencial possa testá-lo e trazer suas primeiras impressões. Isso significa que você não deve gastar quantias exorbitantes de tempo e dinheiro tentando construir algo que provavelmente será alterado quando os usuários “pegarem na mão” e começarem a testar. 

No entanto, isso não significa que você deva fazer um produto de qualquer jeito e entregar para as pessoas testarem por um simples motivo de pressa. 

O “mínimo” que nos referimos aqui pressupõe não ficar pensando nas inúmeras situações de uso ou nas várias outras funcionalidades que você está imaginando quando o produto estiver na sua versão final. O MVP serve para comprovar que o problema que você imaginou existe de verdade, mesmo que o produto ainda não esteja na sua versão final. Quando o usuário colocar as mãos nele, ele deve ser capaz de pensar: “é disso que eu preciso!”. 

Ou seja, se você colocar na mão das pessoas um produto mal feito pelo simples motivo de ter pressa, a premissa fundamental de validar a solução versus o problema existente não vai ser alcançada. As chances do usuário não ver valor no que está sendo apresentado são grandes e todo o objetivo de entender quais são os próximos passos a serem desenvolvidos ficam seriamente prejudicados. 

Normalmente quando iniciamos os testes de MVP, avisamos os usuários que estamos em fase de testes e que o design ou mesmo a experiência do usuário na sua utilização passarão por ajustes conforme o produto for evoluindo. No entanto, se você está prometendo um sistema que cria compromisso na sua agenda a partir de uma mensagem de WhatsApp, por exemplo, você precisa garantir que isso funcione para entender como o usuário vai se sentir ao usar esse serviço, se vai usar de forma recorrente ou só uma vez, se vai te dar outros nomes para você oferecer o teste, etc. 

Não adianta ficar mostrando várias telas desenhadas de como o serviço vai ser. Essa etapa é pré-MVP, para avaliar a possível jornada ou quais os passos vêm antes ou depois. O MVP, por mais simples que seja, precisa entregar a proposta de valor que você está prometendo, tal como o vídeo de humor que fizeram do MVP do Waze 😊  

Existem inúmeras formas de avaliar essa temática, mas pra mim o MVP deveria ser uma solução que une a rapidez com a eficiência mínima que a solução precisa. Ou seja, ela não pode ser demorada e custosa a ponto de atrasar os testes com usuários, mas também não pode ser superficial e não gerar interesse.  

A prática de criar MVP´s está intrinsicamente ligada à quantidade de novas soluções que surgiram nos últimos anos. Essa forma de pensar os negócios tornou possível a velocidade no desenvolvimento dos novos produtos e serviços que já fazem parte do nosso dia a dia. 

E para avaliar qual é a dosagem adequada de cada um desses dois elementos é preciso se perguntar constantemente sobre os objetivos que se quer validar. É preciso ter a clareza que no mundo real você vai construir vários MVP´s porque é impossível testar todos os aspectos do produto num único protótipo. Por isso, a cada etapa observe atentamente como funciona a dinâmica do usuário ao utilizar a sua solução e retire o máximo de conhecimento e informação de cada uma dessas etapas. 

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Categoria: VIBEE UNIMED

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