O ano de 2021 foi um período complicado para todos. Encaramos situações nunca imaginadas na nossa rotina e, diante da pandemia, vimos o setor da saúde ser desafiado (como nunca antes) a inovar e buscar soluções rápidas para voltarmos a “normalidade”.  

Desde que a pandemia começou, falar em investimentos em healthtechs passou a ser primordial para a humanidade. Afinal, hoje sabemos que este segmento nunca mais voltará a ser o mesmo.  

A exemplo deste movimento no setor da saúde, temos a inserção da telemedicina, com monitoramentos e procedimentos cirúrgicos remotos. Modalidades que ganham cada vez mais adeptos.  

Segundo um artigo publicado na revista Forbes, “a alta na curva de adesão das pessoas por plataformas digitais vêm ampliando as oportunidades e, sobretudo, o impacto financeiro das healthtechs. Pesquisa da Sling Hub, encomendada pelas startups BenCorp e Saúde da Gente, mostra que, em 2021, foram mapeadas 1158 empresas do segmento, ante 542 no ano passado”.  

Hoje o Brasil é considerado o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo no mundo todo. 

Retrospectiva Vibee: Uma análise de 2021 

A maturação das startups da área da saúde também foi percebida ao longo dos programas de aceleração do Vibee. O próprio hub de inovação surgiu em meio ao cenário duvidoso e pôs a prova a importância do seu desenvolvimento para a comunidade, como um todo. 

Segundo o head, Rafael Zanatta, em 2021 notou-se um aumento dos aportes realizados nas healthtechs, demonstrando claramente que este modelo de negócio tem grandes oportunidades.  

Outro aspecto importante é o amadurecimento do setor. “É bom perceber que começamos a ter startups chegando em estágios mais avançados, mas, ao mesmo tempo, segue o ritmo de criação de novas iniciativas. Isso demonstra que os empreendedores estão atentos às dores que o setor da saúde possui e têm vontade de solucioná-los”, ressalta. 

Confira os avanços do Vibee no último ano 

Para o head de estratégia e finanças da Klivo (uma das aceleradas do Vibee Go), Pedro Pina, apesar do período desafiador, o ano de 2021 foi muito bom para fomentar o mercado. Os grandes empresários passaram a entender a importância deste segmento e investimentos altos tornaram-se realidades das startups de saúde.  

Mas e o que esperar de 2022? 

Pina acredita que o próximo ano será um período de maturação dos investimentos feitos em 2021. “Vai ter dinheiro novo porque tem muito fundo de Venture Capital sendo captado e a saúde está cada vez mais no centro dos negócios”.  

Para ele, a grande questão de 22 são as eleições, “e no mundo de investimento isto é sempre uma grande preocupação. Se não fosse isso, acho que seria um ano de crescimento absurdo. Neste cenário, existem grandes chances de os investimentos serem mais lentos”. 

Ainda assim, Zanatta acredita que haverá muito mais profissionalização e amadurecimento do setor da saúde. As empresas terão maior entendimento de como funciona a dinâmica do mercado para poder propor soluções que realmente atendam às necessidades dos vários players do setor.  

“Acredito que o cenário com estruturas fragmentadas deve começar a ser deixado para trás, o que cria novas oportunidades para quem conseguir criar soluções que se conectam de forma mais simples e tragam vantagens para o cliente”.