W3.Care participa do programa de internacionalização Miami for Startups

02/05/2022

Confira na entrevista como foi a experiência da W3.Care no Miami for Startups 

A W3.Care, nossa acelerada do batch #3, foi uma das selecionadas para o programa de internacionalização Miami for Startups, iniciativa do Sebrae for Startups, com objetivo de internacionalizar e promover a conexão com outros ecossistemas. O programa contemplou a participação no eMerge Americas e do Miami Tech Week. Confira a entrevista com o CEO Jamil Cade durante a imersão:  

O que a W3.Care está fazendo em Miami? 

A W3.Care foi uma das 14 startups selecionadas para fazer uma avaliação de parcerias, investimentos e internacionalização da empresa aqui nos EUA. Então o que nós estamos fazendo é exatamente participando desta empreitada do Sebrae for Startups, junto com a Invest SP, que escolheram 14 startups que tem inovação, que tem feat com o mercado, que resolvem dores importantes e que participaram de uma seleção, inclusive muito rigorosa, para virem para os EUA.  

Viemos para esta participação no eMerge Americas, que foram dois dias no Miami Convention Center, local onde a gente participou de uma feira com inúmeras startups de diversos segmentos, venture capitalists, bancos, palestras, entre outros. Além deste tipo de aprendizado, a gente também teve uma participação em aceleradoras, conseguiu fazer pitch, a gente visitou o CIC, que é um ecossistema de inovação que envolve muito a área de saúde, o que foi muito bacana. A gente conversou com investidores e fomos na prefeitura de Miami conversar com o responsável por open innovation relacionado à prefeitura.  

Então foram 14 startups, somente 4 de saúde, o restante de segmentos diversificados (greentech, rh, school) mas com algum feat com o mercado global, e esta curadoria foi muito legal pra gente, para podermos ter tanto uma imersão de aprendizado, como também de comunicação com o mercado, com investidores, entre outras coisas.  

Como vocês foram selecionados para estar aí? 

O Sebrae for startups abriu o edital pela internet, você tinha que mandar o que você faz, quanto você fatura, enfim, várias coisas e eles classificaram 14 startups em ranking de seleção. Mais de 200 entraram e 14 foram selecionadas, a gente ficou em 7° entre as 14. Então houve um processo de seleção e tanto a Invest quanto o Sebrae avaliaram com critérios muito bem definidos. 

Quais são os principais aprendizados / conexões que vocês estão fazendo? 

Primeiramente a gente conversou com startups que entraram aqui nos EUA e entendeu um pouco sobre como é entrar no mercado americano, qual valor você espera, a gente entendeu, por exemplo, que precisa estar aqui dentro, você precisa morar aqui para internacionalizar a sua startup, não dá pra fazer isso de outro país.  

A gente teve o conhecimento de como você cria uma empresa americana. Tivemos uma formação muito interessante com mentores, tutores, até um, dois meses antes de virmos pra cá, em um modelo muito parecido com o que vocês fazem no Vibee, mas a gente esteve muito focado para o mercado americano, em pessoas que estão aqui e que trabalham aqui com startups.  

Então, vindo para cá, quais de fato foram as principais conexões? A gente conversou com pessoas dos hospitais, com pessoas relacionadas ao 911 para a nossa solução de tracking dos pacientes de urgência e emergência de ambulância, a gente conversou com uma empresa para a questão do sistema de telemed com inteligência artificial embutida., então a gente conseguiu ver bastante feat pra gente sim.  

Tem como fazer uma prova piloto aqui nos EUA, mas a gente acha que isso vai tomar muito tempo e muita energia pra gente e acho que não é o momento, talvez na próxima rodada a gente faça esta internacionalização, mas não agora. A gente está querendo, obviamente, abrir a rodada para isso. O fato é que todo mundo gostou demais da W3.Care, a gente teve excelentes feedbacks, inclusive com a própria prefeitura aqui de Miami, é uma dor gigante, a entrada do paciente de urgência/emergência, a redução do custo, você levar o paciente quando precisa em uma velocidade maior ou quando não precisa, atendê-lo por telemed no local onde ele está. Quer dizer, isso tudo, estes kpis são muito importantes pro mercado americano, obviamente pro Brasil também, né? 

Então eles gostaram demais do que a gente apresentou, mas pra vir pra cá a gente precisa deixar o Brasil, não tem jeito, é 8 ou 80. Não dá para entrar nos EUA, internacionalizar, estando no Brasil. Esta é a leitura que eu tenho disto tudo, então este pra mim foi o maior aprendizado, este conhecimento de que a gente tem que estar aqui, tem que estar vinculado a alguns ecossistemas. Aprendi também que aqui é efervescente, a questão de open innovation, de startups e relacionamento com empresas. Todo o dia você tem um evento aqui, um café, um lab, é insano, você tinha 8 reuniões no dia, tamanha é a necessidade de open innovation para o mercado americano. 

Como essa viagem pode influenciar o futuro da W3Care? 

Primeiro, eu vi que a W3Care tem um produto global, isso é fato. A gente hoje dá suporte em urgência/emergência, em protocolos internacionais de atendimento, suporte à tomada de decisão, geração de prontuário pré-hospitalar, métricas em tempo real, comunicação com o hospital que o paciente está. Ou seja, o que a gente faz no Brasil é fundamental aqui para os EUA. Isso pra mim foi meu maior aprendizado, hoje a W3Care tem um produto que se adequaria a qualquer país.  

Por exemplo, a telemed eletiva no Brasil, com esta prescrição não funciona aqui porque é um outro meio, a prescrição é diferente, mas a parte de urgência/emergência e suporte por teleinterconsulta faz todo o sentido para o mercado americano. Eles adoraram também a solução de fotografia para diagnóstico de infarto, porque eles também não têm médico dentro de ambulância, igual no Brasil, ou, quando tem, o médico não é especializado. Nós vimos que nós temos um feat muito grande com o mercado americano, pra mim isso foi o maior aprendizado. E aprendi que não basta querer, tem que vir mesmo, literalmente, você tem que chegar nos EUA, começar piloto, gerar receita e aí você tem investimentos grandes.  

Você recomenda para outras startups a participação em programas de internacionalização? 

Sem dúvida nenhuma. A resposta é simples, se você está construindo algo, você precisa construir algo global, por mais que você comece no seu mercado, desenvolvendo uma dor no Brasil, a sua projeção é global sempre. Não dá para você fazer um produto que será consumido só em alguns países, isso mostrou que a gente tem este produto e isso é muito bacana. E algumas estratégias de como a gente consegue chegar nisso, então a gente aprendeu algumas coisas aqui, onde a gente tem que atacar, com quem a gente tem que conversar, e eu aconselho para as startups que de fato tenham este interesse. Não é uma coisa simples, é bastante puxado, não é férias, você não está passeando, é paulada o tempo todo. Se a startup vai pagar, e ela paga do bolso dela a estadia, a passagem e tal e ela tem a condição de vir conhecer o mercado, eu acho que sim, faz todo o sentido. 

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